Coisas pensadas e feitas por um cara.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Sobre 2016

 Oi, tudo bem?
 Encontrei, numa noite qualquer, uma pequena vontade de escrever algo e o fim de ano é uma bela deixa para que eu escreva algo clichê e comum, assim como é meu costume.
 2016. Tantas coisas aconteceram nesses 366 dias (finja que é dia 31). Um ano de ouro para a ciência, com detecções de ondas gravitacionais e fósseis de dinossauros com penas conservados em âmbar. Um ano de muitas (MUITAS!) perdas de pessoas, desde David Bowie logo no início do ano, até Carrie Fisher (Leia de Star Wars) na última semana do ano. Um ano conturbado quando se trata de política e extremamente decepcionante e péssimo nesse quesito.
 2016 foi um ano em que aconteceram muitas coisas no Brasil e no mundo, mas não é sobre isso que vou falar. Não é para isso que utilizo esse pequeno blog. Vou usar novamente do meu egoísmo e egocentrismo e falar sobre a minha vida.
 2016 para mim teve como enfoque o início da minha vida universitária. Na minha ingenuidade de estudante de ensino médio, eu me encontrava pensando que finalmente teria um pouco de descanso ao entrar na faculdade, mas o que realmente aconteceu foi justamente o oposto. Precisei aprender a estudar, a organizar horários e a abrir mão de fins de semanas para fazer trabalhos e estudar. As preocupações aumentaram. A dificuldade aumentou. O tempo livre diminuiu e, com ele, o descanso também diminuiu. 
 Considerando isso tudo, teria 2016 sido um ano completamente ruim? 
 Não! De forma alguma!
 Nesse ano, conheci pessoas incríveis. Pessoas que fizeram meu ano melhor e que me fizeram crescer como ser humano. Pessoas que me tornaram uma pessoa melhor e que fizeram cada momento com elas valer a pena
 Nesse ano, comecei a estudar o que eu realmente amo e nada pode te dar mais satisfação do que isso. Cada descoberta nova, cada coisa que você aprende, por mais simples que seja, é uma conquista indescritível e empolgante que te faz querer seguir em frente
 Nesse ano, tive a oportunidade de continuar convivendo com as pessoas mais legais desse mundo e que há anos aguentam minhas piadas ruins, minhas bobagens e ainda assim continuam me aturando (não sei explicar o porquê disso).
 Nesse ano, dois de meus amigos noivaram e percebi que estou ficando velho e não sei lidar com isso.
 Em um contexto global, esse ano pode ter sido terrível e não posso argumentar quanto a isso, mas, de forma pessoal, esse ano foi incrível pra mim.

(Esse fim de texto foi fofo? Não sei, mas, para compensar, deixo aqui esse gif de uma cacatua)


Ânderson L., Asor.
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domingo, 3 de julho de 2016

Criatividade

Se tem algo que eu nunca pude dizer de mim, esse algo é que eu sou criativo.
Nunca tive criatividade para nada. Eu não era bom inventando histórias, não era bom criando brincadeiras, nunca fiz um vídeo original para o youtube (saudades dos meus tempos nesse site), não sou bom criando textos e, definitivamente, não sou bom criando piadas. Entretanto, sempre há momentos e circunstâncias pessoais que lhe permitem ser inventivo e criar coisas novas. No meu caso, existem curtos momentos em que eu consigo pensar em algo interessante para escrever e compartilhar com alguém que tenha algum tempo livre para ler algo a toa. 
Mesmo que, de forma geral, eu nunca tenha tentado "forçar" uma ideia para escrever, às vezes surge a vontade de criar um texto novo, mas ultimamente eu tenho tido esse velho problema da falta de criatividade que, não apenas me impedindo de escrever sobre algo que me interessa, faz qualquer ideia que eu tenha se tornar um texto clichê e não reproduzindo fielmente a minha ideia inicial. Além disso, acaba sendo estranho ver algo que você faz por prazer se tornar uma frustração apenas por sua própria "incompetência", especialmente quando estão acontecendo diversas coisas em sua vida e esse hobby só existe para você compartilhar coisas que acontecem com você.
Então, essa falta de criatividade se espalha para outros momentos e você já não consegue mais pensar em coisas diferentes para fazer no cotidiano. Essa é a pior parte, pois faz com que você volte a velhos hábitos que nem sempre valem a pena reaver. No fim, isso tudo gera uma grande monotonia na vida.

A boa notícia é: uma hora ou outra, a criatividade volta e só cabe a você aproveitá-la antes que ela suma novamente.


Esse é um texto mais de desabafo do que qualquer outro texto que eu já tenha escrito aqui, principalmente porque não vou trazer nenhum questionamento para você que está perdendo seu tempo me vendo reclamar da vida. Para compensá-lo pelo tempo perdido, deixo aqui um link com a foto do Maylon.

Ânderson L., Asor.
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sábado, 19 de março de 2016

Comunicação

Olá. 
Sim, esse blog ainda existe, apesar de já fazer mais de um ano desde o último post. Eu não vinha escrevendo mais aqui por diversos motivos, mas o principal motivo era a falta de assuntos. 
Então, por que voltei a ter assunto para escrever? Bem, acho que mudanças me fazem querer escrever, já que o blog foi criado no ano em que eu iria terminar o ensino médio e esse é o ano em que comecei na universidade...
Além disso, nessa sexta-feira (18/03/16) eu tive contato com duas coisas que me fizeram querer voltar a escrever: a primeira coisa, foi o fato da minha professora, numa conversa que não vem ao caso, ter me dito a seguinte frase: "Você não está mais se informando, você está se formando". Essa frase foi o que, pela primeira vez, despertou em mim esse sentimento de mudança que eu não tinha desde o início de 2014. A segunda coisa, que é sobre o que irei divagar logo mais, é um pequeno questionamento que li no livro 1984 de George Orwell (obrigado Gabriel por me emprestar o livro), que é, em minhas palavras, o seguinte: Como podemos nos comunicar com o futuro?
Bem, como podemos nos comunicar com o futuro? Ora, é simples! Apenas precisamos ir para o futuro! Entretanto, estamos sempre indo para o futuro. Cada vez que um segundo passa, estamos um segundo no futuro em relação ao que estávamos há um segundo atrás.
Mas não queremos ir apenas um pouco para o futuro. Nós queremos ir anos para o futuro! Contudo, temos alguns problemas com isso: primeiro, porque não possuímos máquinas do tempo ou qualquer coisa do gênero; segundo, porque por mais que a relatividade diga que o tempo passe mais lentamente para alguém que está viajando em velocidades cada vez maiores e próximas da velocidade da luz do que para alguém em repouso na superfície terrestre, como podemos observar no "paradoxo dos gêmeos" (confira o apêndice no fim do post!), ainda não possuímos conhecimento, tecnologias ou meios para que possamos atingir velocidades grandes o suficientes e lidar com as consequências delas para que possamos viajar a tais velocidades e, dessa forma, conhecermos o futuro das pessoas que estavam em repouso na Terra.
O que eu quero, então, dizer com isso tudo é que não existem meios para que nos comuniquemos com o futuro, ao menos nos dias atuais? Não! Definitivamente não! Eu lembro de ter ouvido ou lido em algum lugar (infelizmente não consigo me lembrar em que livro, série ou documentário foi) que ao escrever um livro, você está deixando uma mensagem para as gerações futuras. E as gerações futuras estarão lendo o que você escreveu há anos. E, obviamente, isso não se trata apenas de um longínquo futuro ou de livros. No momento em que você escreve qualquer coisa que seja, automaticamente você está enviando uma mensagem para alguém que a lerá no futuro, mesmo que esse alguém seja você mesmo. Isso, obviamente, é uma comunicação de via única, onde você só pode enviar mensagens, mas não pode recebê-las. Entretanto, ainda é uma maneira de comunicação com o futuro.
E é por isso que eu resolvi escrever. Eu quero deixar esse texto para o futuro. Quero deixar outros textos para o futuro. Hoje, quando leio meus posts de dois anos atrás, eu consigo ver como eu pensava na época e o quanto mudei. Quero ter essa oportunidade com esse post daqui a dois anos.
Não garanto que voltarei a fazer vários posts. Na verdade, esse pode ser o único post. Contudo, o importante é que ele existiu.


Ânderson L., ASOR.

ApêndiceClique aqui para assistir um vídeo com Neil deGrasse Tyson explicando sobre a relatividade e o paradoxo dos gêmeos. :)
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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Uma possível história do futuro

Oi, como vocês estão nesse fim de ano?
Este post será diferente. O que eu tentei fazer foi um pequeno conto envolvendo astronomia, um possível futuro da humanidade e uma adaptação de algo que eu lembro de ter lido no livro Cosmos, escrito pelo Carl Sagan e que já apareceu aqui no blog nesse post.
O texto ficou relativamente maior do que o normal e, por causa disso, eu pensei em postá-lo em partes (até porque ele já está dividido em 4 partes), mas achei melhor postar tudo de uma só vez... 
Bom, espero que vocês gostem! :)


Objeto
Diário Astronômico #1.

Ano do universo número: 13.799.000.000;

Acabamos de fazer a maior descoberta de nossa história. Enquanto observávamos um dos nossos mais famosos cometas passar um pouco além de nossos planetas vizinhos, notamos a existência de um minúsculo objeto pela primeira vez observado. Notamos quase imediatamente que, pela sua forma, este objeto deveria ter sido criado por algum tipo de vida inteligente. A primeira pista da existência de vida fora de nosso planeta!
Nossa equipe agiu da maneira mais rápida possível para que conseguíssemos recuperar o Objeto sem causá-lo danos e trazê-lo até nosso planeta para que nossos cientistas pudessem examiná-lo e testá-lo.
Nele encontramos escrituras e informações. É óbvio que a espécie que o construiu tinha um certo nível de conhecimento científico.
A idade do Objeto é estimada em quase um milhão de anos. Mal conseguimos segurar nossas expectativas sobre essa descoberta.

Diário Astronômico #2.

Ano do universo número: 13.799.000.000;

Conseguimos decodificar uma variedade de informações do Objeto encontrado. Os criadores do Objeto deixaram seus equipamentos "prontos para o uso" e escreveram nele algumas informações de como estudá-lo! Nele estão contidos sons, entre eles alguns que nós identificamos como vento e algum líquido (talvez água?), e outros que nunca ouvimos antes, mas que se assemelham muito com sons de alguns seres vivos de nosso planeta. Notamos também alguns áudios com algum tipo de melodia que acreditamos ser uma forma de música da civilização criadora do Objeto.
Além disso, encontramos uma mesma série de áudios que parecem ser produzidos por uma mesma espécie, mas de diferentes formas e em diferentes "vozes". Poderiam essas diferenças serem idiomas? Estou fascinado com nossas descobertas!

Diário Astronômico #3.

Ano do universo número: 13.799.000.000;

Acabamos de decodificar mais informações e encontramos diversas imagens de conteúdo científico (como o espectro da luz) de seres vivos desse outro planeta (incluindo fotos e anatomias de uma espécie que acreditamos ser a criadora do Objeto) e de algumas paisagens do planeta. Que mundo belo e diferente do nosso eles possuem! Nos foram enviadas amostras de DNA de uma espécie (acreditamos ser da espécie criadora do Objeto), mas ainda não estudamos as amostras completamente. Também identificamos um diagrama da evolução desta espécie que acreditamos ter nos enviado o Objeto.
Não só isso, mas nos enviaram algumas informações sobre seus conhecimentos em matemática e física, além de informações sobre seu sistema de planetas e sua estrela!
Também conseguimos decifrar mais um dos sons contidos no Objeto. Tudo indica que um dos diversos sons nada mais é do que os sinais vitais de alguma espécie!

Nosso próximo passo será calcular a trajetória da nave e usar as informações contidas nela para tentar identificar o planeta do qual ela se originou e, talvez usando da nossa mais avançada tecnologia, tentar alguma forma de comunicação ou, ao menos, observar esse planeta que, assim como o nosso, possui vida.

Diário Astronômico #4.

Ano do universo número: 13.799.000.001;

Após muitos meses de trabalho, finalmente encontramos o que acreditamos ser a origem do Objeto, e este acaba por ser um dia muito triste para nós...
O planeta que acreditamos ter abrigado a civilização criadora do Objeto, a partir das informações nele contidas e de nossos cálculos, está devastado. Não sabemos dizer se foi algum acidente cósmico com meteoros, alguma alteração na sua estrela ou no núcleo do planeta. Talvez um aquecimento global fora de controle, como o que nós já enfrentamos no passado, tenha feito o planeta muito quente para a vida, ou o contrário disso, o planeta tenha esfriado de mais para suas espécies durante uma era do gelo muito longa... ou, numa previsão mais triste, a civilização que criou o Objeto tenha destruído a si mesma e levou o resto da vida no planeta junto nesta catástrofe.
O planeta em que se originou o Objeto é um pequeno planeta azul, o terceiro a partir da estrela em um sistema contendo 8 planetas.
Acreditamos que a civilização chamava seu planeta de "Terra" e se autointitulavam "humanos".
Uma grande perda para o planeta. Uma grande perda para o universo...

Ânderson Luís Rosa.


NOTA: O "Objeto" usado como referencia no texto é a nave Voyager 1, lançada pela NASA em 1977, e todas essas informações contidas no "Objeto" estão contidas de fato no Voyager Golden Record, equipado na nave. Como a Voyager não deve durar esses um milhão de anos, o "Objeto" do texto não é a Voyager, mas sim uma nave como ela.
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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Percebi o Futuro...

Acabei de perceber que nunca imaginei o futuro que vem além desse ano...
Percebi que sempre em que eu imaginava o futuro, eu pensava basicamente em: fazer 18 anos, me formar, ENEM e vestibular. Nunca pensei além disso. Nunca planejei além disso. Nunca me vi além disso.
Ao perceber que já estou com 18 anos e me formando daqui aproximadamente 1 mês, com o ENEM sendo amanhã (08/11) e vestibular faltando pouco menos de 2 meses, percebi que cheguei no futuro que sempre imaginei, planejei e esperei. 
Percebi que nunca imaginei além.
Percebi que chegou a hora do VERDADEIRO futuro e de viver aprendendo coisas novas novamente. Fazer novos planos, conhecer novas pessoas, viver uma nova fase da minha vida. Viver outra vida.
Percebi que talvez seja simplesmente melhor não pensar no futuro, mas sim apenas fazê-lo e vivê-lo...

Ânderson L., ASOR.
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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Será que fazem algo mais?

Geralmente, aqui no blog, eu só posto coisas que eu mesmo escrevo. Desta vez, entretanto, vou postar um pensamento que eu achei espetacular, usado na abertura do capítulo VII do livro Cosmos escrito pelo Carl Sagan.

"Se for interpretado um registro fiel das ideias do Homem sobre Divindade, ele será obrigado a reconhecer que, na maioria das vezes, a palavra "Deus" foi utilizada para expressar as causas ocultas, remotas e desconhecidas de efeitos testemunhados por ele; que ele aplica este termo quando a origem do natural, a fonte das causas conhecidas, deixa de ser visível: assim que perde a linha de continuidade das causas, ou logo que a sua mente não consegue mais seguir uma cadeia de acontecimentos, ele resolve a dificuldade, termina sua busca, atribuindo-a a Deus... Quando, portanto, atribui a Deus a produção de algum fenômeno... não estará ele fazendo nada além de substituir a limitação da sua própria mente por um som que está acostumado a ouvir com respeito e temor?"

- Paul Heinrich Dietrich, Baron von Holbach, Système de la Nature, London 1770
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sexta-feira, 9 de maio de 2014

E se?

E se você pudesse mudar o mundo?
E se as pessoas pensassem antes de agir?
E se vivêssemos em outro planeta?
E se os humanos não fossem a espécie dominante?
E se Einstein, Newton, Sócrates, Pitágoras e da Vinci não tivessem nascido?
E se estes mesmos estivessem vivendo nos dias atuais?
E se Hitler não tivesse nascido?
E se Hitler tivesse vencido a guerra?
E se ele vivesse nos dias de hoje?
E se o Socialismo tivesse prevalecido sobre o Capitalismo?
E se não tivesse sido Portugal a colonizar o Brasil?
E se o golpe militar tivesse dado errado?
E se ainda vivêssemos na ditadura?
E se computadores não existissem?
E se a cura pro câncer nunca for descoberta?
E se fosse descoberta hoje?
E se você tivesse vivido em 1014?
E se você estivesse vivendo em 3014?
E se você pudesse prever seu futuro?
E se perguntar fosse algo errado?
E se as pessoas se questionassem sobre a origem e o porque das coisas?
E se as pessoas realmente pensassem?
E se as pessoas aceitassem umas as outras?
E se você pudesse mudar o mundo?
E se eu lhe dissesse que você, pelo menos, pode tentar mudá-lo?
E se...?

-Ânderson L., ASOR
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